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Férias.
Como essa palavra é maravilhosa e controversa ao mesmo tempo em meu caso. Estou de férias,mas não estou. Entendem?
Para todos os efeitos estou de férias, sem gravação, sem divulgação, sem premier, mas ... tem ensaios fotográficos, argh, queria apenas não fazer nada.
Rob ainda não foi para Londres, estamos curtindo nosso tempo juntos,sem grandes compromissos, alugamos uma casa que fica bem escondida, não dá para ficar de hotel em hotel,com intervalos na casa dos meus pais,precisamos de uma canto nosso,onde possamos descansar e ter privacidade.
A nossa casa não é assim, tão distante, mas bem escondida, no mio do mato praticamente.
Pequena e aconchegante, sem frescuras ou muito luxo. Com dois quartos, sendo que um só serve pra guardar bagunça, a cama que seria de hóspedes está uma zona, o violão de Rob, em cima, uns brinquedos que Jella, havia arrastado, aliás, esse gato safado se apossou do quarto, tem papel por todo lado, roteiros,músicas rabiscadas e sabe-se lá mais o que. Sem contar, claro, com a caixa de filme pôrno que meu namorado safado comprou pela internet, e ... as coisinhas que eu comprei para provocá-lo, óleos de massagem,que esquentam,que esfriam, vendas, lenços e até, acreditem um par de algemas, mas esse eu ganhei de brinde, então ... talvez eu o use qualquer dia desses.
Concluindo o quarto é um deposito.
Eu preciso arrumar tudo, minhas amigas que a muito não vejo, vão vir passar um dia e uma noite aqui, nossa, a tanto tempo que não fazemos isso. Nosso dia e noite vai se resumir em fazer nada ou quase nada, tendo em vista que aparecerá um homem no fim do dia, o meu homem, que vai me abraçar depois que aquelas vacas me convencerem a assistir um filme sobre serial killer.
Passei a mão nos cabelos olhando para a bagunça, puta merda,como vou dar jeito nisso e Robert, que não aparece. Resolvi que não iria adiantar ficar olhando, o quarto não vai se arrumar sozinho e nem eu vou arrumar sozinha. Vou esperar pelasmeninas e elas me ajudam.
Fui até a cozinha,meu estômago definitivamente estava se comendo de fome, Jella, se enroscou em meus pés e miou alto, olhei para o relógio na parede e percebi o motivo de todo seu interesse, já havia passado e muito da hora do jantar.
Perdi a noção do tempo, Rob, saiu pára jantar com os garotos, eu estava exausta quando se despediu, com um beijo delicioso em meus lábios. Toquei os lábios com a ponta dos dedos e sorri ao lembrar da textura de seus lábios nos meus.
Como não sou de ferro tirei a tarde para dormir, nós não temos dormido muito. Sabe como !!!
Abri aporta do armário e tirei o pote com ração de dentro, caminhei até a porta dos fundos que ainda aberta, Rob, me mata se souber disso.Despejei um pouco de ração na tijela e verifiquei a água, ainda era o suficiente. Jella, estava com uma mania horrível de entrar no banheiro enquanto tomamos banho e beber a água do box.
Fiz uma careta, observando o gato gordo atacar a ração. Entrei e fui até a geladeira, abri em busca de qualquer coisa comestível, resolvi por um sanduíche de frango, peguei o frango e o coloquei sobre o balcão, peguei os pães e fiz o mesmo.
Está tão ... silêncioso, eu gosto de silêncio, mas ... é estranho sem Rob, na sala com a TV ligada por pura mania, sem ele me gritar por qualquer coisa boba que passe na tela e ele ache muito engraçado. Olhei o relógio na parede, já é mais de 1 da manhã. Cadê esse homem?
Fechei o sanduíche e dei uma bela mordida, hm delicia,peguei uma lata de coca-cola dentro da geladeira e me sentei no banco alto em frente ao balcão.
Meu celular tocou em algum lugar, levantei do banco,a preguiça dominando meu corpo, acho que dormi demais durante o dia, estou com mais sono ainda, segui o som do toque e achei o celular jogado entre as almofadas do sofá, olhei o visor e não entendi nada.
– Alô.
– Kristen, graças a Deus.
– Steph? - perguntei ainda confusa, por ela me ligar a 1 da manhã.- Rob, não está, ele sai e ...
– É por isso que estou te ligando, ele me ligou, pra lá de bêbado, tem paparazzi na porta do bar e pela voz concluí que ele não deve estar se aguentando de pé.
– Puta que pariu. - foi só o que formulei.
– Vou deixar ele aí, por favor, o mate. Sim?
– Não tenha dúvidas.
– Obrigada. Vou buscar aquele bebum, prepara a faca. Beijos.
– Beijos e obrigada.
Desliguei o telefone querendo matar, Robert, ele prometeu não entornar o caneco até o fim, eu odeio quando ele bebi todas e mais um pouco, não gosto de vê-lo caindo pelo cantos. No dia seguinte ele sempre se arrepende do fechame, passa o dia todo amuado.
Com o ódio subindo em minhas veias me sentei no balcão, terminei de come meu lanche e fiz outro, e outro e mais outro. Se Rob, voltar a beber noite a dentro como fazia antes, vou virar um balão.
Estava terminando de lavar a louça quando escutei o barulho de um carro, fechei a torneira e praticamente corri para a porta. Abri com força demais, a madeira ateu na parede, um baque alto ecoou pelo quintal.
Rob saiu do carro rindo, alto, me olhou e minha expressão devia estar bem furiosa,por que ele mesmo bêbado, ficou sério,o sorriso murchou e o vi engolir em seco, ele sabe bem quando está encrencado e hoje ele está mais que encrencado. Steph me olhou e sacudiu a cabeça, repreendendo a atitude de Rob, ninguém o proíbe de sair e beber, mas as bebedeiras dele tinham ficado para trás.
Caminhei até o carro sem me importar em estar vestida apenas em uma calcinha short rosa e uma camiseta velha.
– LOVE. - Rob abriu os braços e tentou ficar de pé sem se escorar no carro, o que obviamente não deu certo. - KRISTEN, MEU AMOR.
– Cala essa boca, idiota.
– Por que tá nervosa? O dia tá lindo.
– Já é de noite. - peguei seu braço e passei por meu ombro, ele soltou o peso do corpo sobre o meu. - Se segura, acha que eu aguento você? Se cair te deixo dormir aqui fora.
– Baby ... não fala assim comigo, eu te amo. - Steph, deu um risinho, rolei os olhos e o belisquei. - Ai.
– Robert, fica quieto, por favor, não quero ouvir sua voz.
– Poxa.
– Valeu, Steph. Pode deixar que eu assumo, vai descansar.
– Ok. Tchau Rob. - o tonto virou e acenou todo alegre. - Amolou a faca,Kris?
– Amoladíssima, corta até um boi. - Steph entrou em seu carro deu ré, arrastei Rob, para dentro.
– Baby, vai fazer churrasco? - fechei a porta atrás de mim e oleve até o sofá. - Eu gosto de churrasco, vai colocar aquele molho de alho?
– Não tem churrasco nenhum. Vou cortar suas bolas fora.
– NÃO. - Rob colocou as mãos em concha entre as pernas, tive que rir da cara de pânico dele. - Baby, pensa bem.
– Já pensei. - ameacei caminhar para fora da sala e ele me segurou,meio torto, quase caindo do sofá mas me segurou. - Me solta. Vou cortar, isso aí, não me vale de nada.
– Não foi isso que você disse ontem. - sussurrou em meu ouvido.
– Ontem você não estava caindo de bêbado.
– Não tô bêbado. - sua voz saiu indignada.
– Faz o 4 então. - Rob, ficou de pé e tentou em vão dobrar a perna direita atrás da esquerda e vise-versa. - Viu?
– Baby, não pode ser o dois? - rolei os olhos e ri.
– Deixa de ser palhaço.
Rob, não parecia muito alegre 10 minutos depois, eu o havia largado no sofá com uma lata de coca-cola e ido atrás de Jella, que sumiu do mapa, aquele gato do capeta agora deu pra sair pela mata em volta e trazer pequenos bichos mortos para dentro de casa, talvez ele pense que está aberta a temporada de caça, quero só ver o dia que ele ficar em cima de uma árvore, vai descer sozinho.
Não encontrei o bichano e voltei ao meu outro gato, Rob, não abriu os olhos quando parei em sua frente.
– Vamos pro banho. - cutuque sua barriga e ele abriu os olhos, que estavam vermelhos e pequenos. - Consegui levantar?
– Vou vomitar.
– Se vomitar aqui, vou limpar com a sua bunda. -tirei a lata das suas mãos e a coloquei sobre a mesa de centro.
– Love, está muito nervosa.
– Sério? Levanta. - Rob ficou de pé já menos tonto que antes. - Tinha que beber todas, Rob? Poxa, você prometeu.
– Foi sem querer, eu fui bebendo, bebendo e bebendo e ...
– Ótima explicação. - dei um risinho irônico o ajudando a subir as escadas.
Entramos em nosso quarto e Rob, tentou caminhar até a cama, o puxei de volta e o levei até o banheiro, ele resmungou e reclamou que estava com sono. O sentei no vaso sanitário e tirei seu casaco.
– Robert, seu casaco tá rasgado e sua camiseta tá toda furada.
– É? - confirmei com um movimento de cabeça. - Ah Kris.
Puxei a barra da camiseta branca e destruída, joguei a peça no chão, Rob segurou em minha cintura e me beijou,sua língua invadiu minha boca.
Segurei seu rosto entre minhas mãos, esfregando a ponta dos meus dedos na barba por fazer, o gosto de cerveja barata tomou minha boca e imediatamente toda raiva retornou.
– Não.
– Kris.
– Eu disse não, você está cheirando a perfume de vagabunda e cerveja barata.
– Vagabunda? - Rob fez cara de ofendido, oh coitadinho. - Baby, eu só me agarrei com a cerveja. Juro.
–Mas ficou no meio do bar com aquele bando de mulher se oferecendo e se esfregando em você. - tirei o boné de sua cabeça e joguei no chão ao lado do vaso sanitário.
– Não.
– Robert, eu já vi tudo isso, como elas chegam e se encostam fingindo cochichar no seu ouvido por causa do som alto, como as mãos delas se apóiam em sua barriga, com seguram na sua jaqueta, o corpo colado propositalmente ao seu. - reviver todas essas lembranças vez meu sangue ferver ainda mais.
– Isso era antes.
– Antes. - puxei a camiseta velha que segui o mesmo destino do boné. - Antes eu tinha que ver tudo isso e engolir, vocês esfregava na minha cara que todas elas te queriam, que podia ter quem quisesse.
– Kristen, do que está falando? - Rob ficou de pé e segurou em meus braços. - Eu que bebo e você que fica doida?
– Fico doida,doida de raiva. Tira essa calça. - abri a porta do box com força. Rob tirou os sapatos, as meias e a calça e parou ao meu lado, beijou meu rosto e eu me afastei. - Não vai passar a minha raiva com um beijo ou dois.
Rob desistiu de tentar me acalmar. Preciso do meu tempo, deixar a raiva passar sozinha, ele sabe disso e se afastou, entrou de baixo do chuveiro e me xingou pela água estar gelada,não me importei, recolhi suas roupas suadas do chão e saí do banheiro. O banho dele não iria durar mais de 10 minutos. Rob não sairia atrás de mim pela casa, eu o conheço bem, ele irá deitar na cama e roncar até o dia amnhaecer.
Caminhei pelo estreito corredor e tropecei em Jella, no caminho.
– Onde você estava, projeto do capeta? - ele miou baixo e se enroscou em minhas pernas.- Desculpa, vem cá, bebê.
Peguei Jella no colo ou tentei, melhor dizendo, o coitado do bicho ficou pendurado em meu braço livre. Caminhei lentamente até a lavanderia,não tinha pressa alguma de voltar para o quarto.
Eu sei que Rob, não estava se esfregando com ninguém, nem ao menos dando esperanças e distribuindo guardanapos com seu telefone, mas eu tenho ciúmes, o que eu vou fazer, é mais forte que eu.
Só de pensar em todas elas dando um jeito de o tocar, pormenor que seja o toque ... urgh... eu já quero matar uma e acreditem, eu matarei se for preciso. Rob é meu, só meu, todo meu.
Joguei as peças de roupas dentro da máquina,junto com outras que já estavam lá, coloquei sabão e amaciante, apertei todos os botões necessários para fazê-la funcionar, a água começou a derramar sobre as roupas, me debrucei sobre a máquina,pensando na vida.
É incrível, como as mulheres podem ser vadias e oferecidas, por Deus,me lembro como se fosse ontem, em todas as vezes em que saiamos para qualquer lugar, elas se jogavam no colo dele, Rob poderia escolher com quem e quantas gostaria de transar naquela noite, em algumas vezes Rob, me jogava um sorriso timido e de alguma forma se livrava de todas, acabava a noite comigo,mesmo que naquela época eu não tivesse nada a lhe oferecer além de beijos roubados e uma grande frustração no fim da noite.
Em outras tantas ... após eu o magoar e sinto que fiz muito isso, com todas as visitas dispensáveis de Michael, ao set ... nesses dias, Rob, não sorria para mim ou se aproximava, sua voz se tornava eco em meus ouvidos e o ia sair com alguma dessas ... vagabundas e .... argh.
Dei um soco leve na tampa da máquina de lavar e claro, meus dedos doeram,role os olhos, belo jeito de passar a raiva, quebrando a mão.
Saí dali antes que me machucasse de verdade, passei pela cozinha e notei a porta que dá para os fundos ainda aberta, fechei e acionei o alarme.
Subi as escadas sem vontade, cheguei ao quarto e empurrei a porta, devagar, ela rangeu um pouco.
O cômodo completamente escuro surgiu a minha frente,não queria acender a luz e acordar, Robert que já devia estar dormindo com uma ressaca imensa e eu também não vou ficar circulando pelo quarto escuro.
Meio que corri em direção a cama,mas claro que com minha coordenação, não calculei bem a distância e bati os joelhos na madeira.
– Fuck!!!- gritei, dobrei o corpo e acariciei meus joelhos, latejando.
– Kris?
– Claro, quem mais seria? - Rob acendeu o abajur ao seu lado e sentou na cama.
– O que está fazendo aí?
–Me machuquei, não está vendo?
– Não, não estou vendo. Vem cá,me deixe ver.
– Não. - dei a volta na cama e me deitei, de costas pra ele.
– Love, não faz assim, hm... desculpa, sei que prometi não encher o cú de cerveja.
– Pois é.
– Eu errei, desculpa.
– Ok. - Rob estava deitado atrás de mim, o calor de seu corpo tão próximo.
– Então, vem cá,deixa eu ver sua perna.
– Não precisa se dar ao trabalho. - riu baixo e acariciou minha cintura,sua mão quente diretamente em minha pele.
– Não é nenhum trabalho, é um prazer ...vem. Pára de bobeira. - Rob puxou minha cintura, me deitando de costas na cama, sua mão deslizou para a lateral do meu quadril,seu rosto próximo do meu. - Chata.
– Bêbado. - falei séria, porém, envolvi meus braços em seu pescoço.
– Nunca mais fale que as mulheres se esfregam em mim, sabe bem que não deixo e se um dia acontecer, não se preocupe, meu amigão só obedeci a você, mais ninguém, só quero você.
– Merda. - encostei meus lábios aos seus, rocei de leve sem o beijar de verdade. - É uma merda, que você me dobra tão fácil, devia ficar sem falar com você.
– Não, Baby. Pode ficar com raiva, nervosa, mas não me ignore.
– Devia, mas não consigo. - Rob sorriu e me beijou.
Rob, acariciou minha barriga sob a camiseta, minha pele queimando a cada toque suave de seus dedos. Seus lábios se movendo com os meus, sua língua se enroscando com a minha em um beijo delicioso.
– Quero você. - sussurrou em meu ouvido.
– Você não merece. - minha voz saiu em um sussurro, sou fraca, Deus, muito fraca. - E aliás, está tão bêbado que nem vai acertar o buraco. - Rob riu em meu ouvido, aquela risada sussurrada, típica de quando ele está com tesão.
– Não seja tola. - seus lábios desceram por meu pescoço, arrepiando meu corpo.
Rob, já estava nú, seu membro duro roçou em minha coxa, gemi baixo, ele riu e deslizou os lábios por meu colo, suas mãos sob minha camiseta subiram até tocar meus seios, acariciou os mamilos com a ponta dos dedos, sua pele quente, tão quente quanto a minha. Sua boca cobriu a minha, enquanto nossas mãos passeavam frenéticas.
Não podia mais resistir, afastei meus joelhos, abrindo as pernas em um convite mudo, Rob, não precisou de um segundo para entender,logo seu corpo estava sobre o meu, seu membro completamente ereto roçando em meu sexo, de repente o tecido fino da calcinha me incomodava e suas mãos em meus seios não era suficientes.
– Rob. - puxei os cabelos de sua nuca, ele gemeu e empurrou o quadril no meu. - Jogo sujo. - suguei seu lábio, Rob arrancou minha camiseta, tenho certeza que ouvi rasgar, mas quem liga.
Rob, olhou para meus seios e sorriu, mordi o lábio e o puxei para mim, beijei sua boca gostosa, desci arranhando suas costas, seu corpo se arrepiou sob meu toque, sorri em seus lábios e apertei sua bunda, esfregando seu quadril no meu. Rob riu e deslizou os lábios em meu colo, mordiscando e sugando apele entre os dentes.
Sua boca cobriu meu peito direito a língua quente e úmida contra minha pele em chamas, tirei uma mão de sua bunda, apenas para alcançar seu pênis, o segurei e apertei de leve.
– Kristen. - sibilou, o hálito morno bateu em meu bico molhado. - Preciso estar dentro de você.
– Vem.
Movi minha mão em seu membro, Rob segurou forte em minha cintura, atacou minha boca com a sua, sugando e mordendo meus lábios de forma bruta e deliciosa.
– Deus ... você é uma delicia, baby. - praticamente gemeu em minha boca.
Afastei mais minhas pernas enquanto roçava meu sexo molhado em seu membro duro, gemi com o pequeno contato, meu clitóris latejando. Rob, brincou com os dedos na lateral da minha calcinha, me beijando, sua língua acariciando a minha sem pressa, o senti se afastar de mim, suspirei e tentei o envolver com minhas pernas.
– Calma gostosa. - Rob ajoelhou entre minhas pernas e puxou minha calcinha.
– Não tortura, amor. - levantou minhas pernas e apoiou meus pés em seus ombros, beijou meus tornozelos antes de passar a calcinha por meus pés. - Robert.
Ele não respondeu, sorriu e desceu com os lábios por minhas pernas, acariciou minhas coxas com as mãos grandes, ele sorria, filho da puta. Eu não estou com paciência para esperar, ele está me torturando. Sentei rápido e segurei em sua nuca, puxei sua boca na minha enquanto o jogava para trás.
Ajoelhei em sua frente e enrosquei minha perna direita em sua cintura, Rob, segurou na minha bunda, os dedos apertando forte a carne macia, tentei enroscar a outra perna em sua cintura, mas fui jogada de costas na cama. Rob acariciou meus seios com a palma das mãos, os apertou e esfregou os polegares no bicos sensíveis.
– Fala o que você quer, Love.
– Você.
– Aonde você me quer, gostosa, fala. - beliscou meus mamilos e eu gritei.
– Dentro ... dentro de mim ... vem. - Rob largou meus seios e eu quase protestei.
Digo quase, por que uma de suas mãos subiu e se enroscou em meus cabelos enquanto a outra apertava forte minha cintura. Rob puxou meus cabelos de leve, mordeu meu pescoço, circulou o local com a língua.
– Oh Kristen. - segurei seu membro em minha entrada, rocei a cabecinha inchada entre meus lábios. - Tão molhada.
– Pra você, Sweetie, só pra você. - e ele deslizou para dentro de mim.
Esqueci que ele estava bêbado e que eu devia estar com uma raiva tremenda pelo ocorrido, esqueci que ele havia quebrado a promessa.
Como sempre esqueci de tudo, me concentrando apenas na sensação de estar completa, do peso do seu corpo sobre o meu, dele dentro de mim, sem se mover, me olhando, os olhos de cor indefinida sorrindo para mim, escuros de desejo e amor e mesmo com todos esses sentimentos, todo seu desejo ele permanecia parado, esperando que eu me acostumasse em tê-lo ali dentro, com seu tamanho. Sorri ao lembrar da primeira vez que fizemos amor.
– O que? - saiu quase completamente e voltou, devagar, soltei um gemido longo.
– Da primeira vez ... que fizemos ... amor. - consegui completar a frase,entre sussurros e gemido.
– É? E pensou no que? - Deus, ele quer me matar.
– Robert, você ... como você ... Porra. - cravei as unhas em seus ombros o sentindo ir mais fundo a cada movimento. - Deus ... você.
– Não ... não quero. - Rob me beijou, concordando deixar o assunto para depois. - Não feche os olhos.
– Sweetie. - choraminguei. - Você é mal. - ele ri em meu ouvido, um arrepio delicioso subiu por meu corpo.
Abri os olhos para encontrar com os seus, Rob se movia devagar,com estocadas precisas e profundas, as mãos passeando por meu corpo, os lábios em meu pescoço, seu membro tão fundo dentro de mim, tocando no ponto exato, me fazendo revirar os olhos de prazer, tentei abraçar sua cintura com as pernas, Rob segurou minhas coxas me mantendo aberta para ele, reclamei baixo ou gemi, não posso definir ao certo, ele sorriu e deslizou os lábios em meu colo, circulou meu mamilo com a língua e soprou sobre apele umida, me contorci e ele riu.
– Robert .... mais ... mais. - agarrei seus cabelos, prendendo seu rosto ali, em meus seios.
– Porra ... você é tão pequena ... apertadinha ... Kristen.
Estava no meu limite, meu corpo tremendo em antecipação, Rob, não era contrário, seus lábios em meu pescoço, sugando a pele entre os dentes com força.
– Me fode, Rob.
– Gostosa ... quer que eu te foda ... forte?
– Isso. - gemi.
Rob, não esperou um segundo e empurrou seu quadril forte contra o meu, seu membro duro e inchado ainda mais fundo dentro de mim, enrolei as pernas em sua cintura e arqueei meu quadril em sua direção, rebolei acompanhando seus movimentos rápidos e fortes, enrolou os dedos em meu cabelos, puxando minha cabeça para o lado, seus lábios atacaram os meus, sugando e mordendo antes de alcançar meu pescoço, com certeza fazendo um estrago por ali.
Agarrei seus cabelos, enrolando os dedos nos fios curtos de sua nuca, puxei de leve, arranhando sua nuca, Rob gemeu e se enterrou em mim, seu quadril se chocava com o meu, lambi seu pescoço e mordi com força.
– Vai Robert ... eu quero tudo ... dentro de mim, vem fundo.
– Porra Kristen.
– Mete esse .... pau gostoso.
– Quer gozar ... no meu pau ... sua safada. - sussurrou em meu ouvido, sugou o lóbulo da minha orelha e o mordiscou, gemi em resposta.
– Porra. - Rob saiu de dentro de mim e levantou minha perna direita e apoiou em seu ombro. - Assim ... vem. - o puxei para mim.
Rob, ajoelhou sobre minha perna esticada e me penetrou, de uma vez, forte, apertei seus braços e mordi o lábio contendo um grito exagerado. Meu corpo suado se movia junto com o seu, o suor escorrendo de seu cabelo, pescoço e ombros, seu peito largo molhado a minha frente, me inclinei e passei a língua em seu peito, sentindo o gosto salgado de sua pele, Rob, gemeu e mordeu minha coxa.
Deus do céu, ele vai acabar comigo, seus movimentos fortes e fundos, vou ficar toda dolorida e ardida. Mas, não estou dando a mínima.
– Isso ...assim ... tá tão gostoso.
– Tá e quem faz gostoso ... assim, do jeito que .... você gosta?
– Você.
– Então ... gemi ... bem alto ...quem te fode gostoso. - Jesus amado.
– Rob. - suas mãos em meus seios, maltratando meu bicos duros e sensíveis, sugaram minhas forças.
– Mais alto.
– Eu ... quero de quatro, Robert.
– Vira. - Rob empurrou minha perna de seu ombro.
Rob me puxou para seu colo, beijando meus lábios e acariciando minhas costas. Separou nossos lábios, beijei seu rosto e pescoço, Suas mãos apertaram minha cintura quando mordi seu pescoço, me afastei de seu corpo ao mesmo tempo em que ele me ajudava a virar e ficar na posição. Me apoiei nos cotovelos e senti suas mãos em minha bunda, apertando e acariciando de leve. Rob deu um tapa leve em minha bunda e aproximou o membro da minha entrada, roçou a cabecinha entre meus lábios e gemeu, empurrei meu quadril no dele, os senti deslizar sem dificuldade nenhuma para dentro de mim.
Suas mãos seguravam firme em minha bunda enquanto ele empurrava fundo dentro de mim, seu corpo batendo contra o meu, eu rebolava em seu pau, duro e enorme dentro de mim, eu não consegui mais e nem ele,minhas pernas começaram a tremer.
– Robert eu ... porra ...porra ... ROBERT. - suas mãos subiram por minhas costas. Rob enrolou os dedos em meu cabelo e puxou de leve, sua boca em meu ouvido, sussurrando sacanagens.
– Goza ... pra mim ... goza no meu pau, vem ... você é tão gostosa Kristen ... essa bocetinha pequena ... apertada.
– Fuck. - gemi e me apertei em volta dele, meu ventre de contorceu em agonia, meus músculos ficaram tensos e um segundo depois, meu corpo relaxou enquanto um orgasmo forte me atingia, minhas pernas ficaram fracas. - ROBERT ... ROBERT.
– PORRA KRISTEN. - colei meus lábios aos dele, Rob gemia em minha boca, a voz rouca vibrando dentro de mim enquanto seu líquido quente me preenchia. - Deus ... Love.
Seu corpo se curvou em minhas costas, sua respiração tão descompassada quanto a minha. Rob distribui beijos molhados em minha nuca, desceu por meus ombros e acompanhou o desenho da minha coluna, seu membro saindo de dentro de mim lentamente,sem nenhuma pressa ou vontade de desconectar nossos corpos.
– Você ainda me mata, Baby. - Rob deitou ao meu lado me puxando para seu peito.
– EU? Você me mata, vou acordar toda dolorida.
– Sabe como fico quando bebo.
– Aham ... sei.
– Eu ainda te amo, mesmo bêbado.- sorri e o beijei.
– Amo você, bebum. - Rob gargalhou e me apertou em seu corpo.
– O que estava pensando, sobre nossa primeira vez?
– Hm. - beijei seu queixo e ri. - De como nós pensamos que você iria me machucar, como você entrou devagar, cheio de cuidado, tão atencioso e lindo.
– Ela é tão pequena. - gargalhei e o beijei.
– Como você é bobo, Sweetie. - Rob escovou os lábios nos meus, infiltrei meus dedos em seus cabelos, puxando os fios molhados para trás. - Eu amo tanto você. - ele sorriu.
– Demais ... mais do que deveria ser certo te amar. - sorri e o abracei, deitei meu corpo sobre o seu e o beijei, sua língua dançou com a minha por longos minutos. - Meu amor.
Deitei a cabeça em seu ombro, encaixando meu rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro de cerveja em sua pele, enrolava os dedos em seus cabelos curtos e embaraçados enquanto, Rob, acariciava minhas costas com a ponta dos dedos.
Rob é tudo que eu sempre quis e nunca imaginei encontrar, ele não é perfeito, nossa vida não é maravilhosa, brigamos por coisas bobas, a última bolacha do pacote,uma toalha molhada em cima da cama, um leite sobre a pia tantas outras coisas do cotidiano, mas todas suas qualidades, o jeito doce e carinhoso, sempre pronto a satisfazer minhas vontades, com tanto que isso não vá contra aquilo que ele deseja também.
Não há dificuldades em ceder, em conseguir um equilíbrio entre nós, é tudo diferente com ele, eu o quero, preciso dele, tenho que tê-lo, não há outra possibilidade, é ele, sempre foi.
– Meu vôo é segunda de tarde.
– Hum. - apenas resmunguei, nada feliz em tê-lo longe de mim.
– Já sabe onde será o Natal?
– Na minha casa ou da minha vó, tanto faz. - dei de ombros.
Dei o assunto por encerrado, não querendo pensar no dia que ele vai partir, é pouco tempo, eu sei, mas fazer o que, eu o quero aqui, colado em mim, sentir seu corpo junto ao meu, dormir enroscada a ele todas as noites.
– Vou sentir sua falta.
– Também vou sentir a sua.
Escondi o rosto em seu pescoço, realmente será difícil me separar dele, eu já não consigo mais imaginar meus dias sem Robert, tudo parece menos divertido sem tê-lo por perto, sem poder tudo o que fiz quando chego em casa, suas risadas fáceis com qualquer besteira que eu faça.
Minhas amigas chegarão na sexta de tarde, para o almoço, eu não sei o que fazer e estou muito ansiosa, faz tanto tempo que não fazemos isso, que não paramos todas juntas para conversar e rir, sinto falta de todas elas e quero ter certeza que tudo voltou ao normal.
Logo após meu término com Michael, as coisas ficaram um pouco tensas, sempre fomos unidas, nós 4 somos como irmãs, elas são as irmãs que nunca tive, as meninas com quem eu fugia do mundo completamente masculino a minha volta, trocava o video game e baseball, por unhas pintadas e conversas de garotas.
Rob se mexeu me arrancando dos meus pensamentos, suspirei torcendo por estar bem com as garotas.
– O que foi, Baby?
– Apenas pensando.
– Em?
– Nas garotas, chegam na sexta e ... você sabe, depois que eu terminei com Michael ... nem todas ficaram felizes.
– Vocês são em que .. 4?
– Aham.
– E como nem todas ficaram felizes, porra, elas são suas amigas, têm obrigação de quererem sua felicidade.
– Elas gostam dele. Foram muitos anos juntos e ...
– Sinto muito por isso. - Rob, soou realmente chateado, eu quis bater em Melanie e Katie por isso. - Posso ir para um hotel, deixar você só com elas e ...
– Cala a boca, se elas não quiserem que não venham, eu estou feliz e você é parte da minha vida agora, quem não puder conviver com isso, quem não te tratar bem ... bom, não posso fazer nada, mas ficará de fora.
– Baby, não precisa ser assim ... nem todos vão me aceitar.
– Precisa sim, eu te amo e não vou deixar ninguém te magoar, te tratar de uma forma que você não merece. Seus amigos me acolheram, me tratam extremamente bem, nunca me senti desconfortável com eles. Por que seria diferente com você, não aceito.
– Ok. - ele se rendeu.
Rob acariciou minha coxa apoiada em sua barriga, inclinou a cabeça até alcançar meus lábios, sentei sobre sua barriga, aproveitando cada segundo do nosso beijo carinhoso, suas mãos descendo por minhas costas, segurei seu rosto entre minhas mãos, parei o beijo distribuindo beijos estralados por seu rosto. Sentei ereta sobre seu corpo e o fiquei observando, Rob, ainda levemente bêbado, seus olhos pequenos e vermelhos.
– Kris, você tá rodando. - balancei a cabeça, rindo.
– Não estou.
– Pára de dançar, vou vomitar.
– Parar de fazer assim? - balancei meu corpo para um lado e outro, Rob fez uma careta e segurou minha cintura.
– Baby, não faz isso.
– Não estou fazendo nada. - me balancei de novo, Rob jogou meu corpo ao seu lado na cama e correu para o banheiro.
Escutei ele tossir e sorri, bem feito quem manda encher o rabo de pinga, deitei de lado com o rosto em direção a porta, deitei de bruços, a cabeça sobre meus braços dobrados. Talvez 5 minutos depois escutei a discarga e a porta se abrir.
– Tudo bem? - perguntei segurando o riso, por que a cara dele era péssima.
– Não, tô passando mal.
– Quer uma cerveja? Tem geladinha na geladeira lá em baixo.
– Não quero nem pensar em álcool.
– Bem feito.
– Está sendo má. - Rob deitou ao meu lado com uma careta. - Estou com fome.
– Eu também.
– Faz sanduíche pra gente?
– Faço. - beijei seus lábios de leve e senti o gosto de creme dental. - Vamos tomar banho.
– De novo?
– Aham, você vem?
– Vou.
– Que preguiça. Robert, eu vou te colocar pra fora se fizer isso de novo.
– Não vou fazer, já prometi.
– Vou acreditar. - Rob fez um sinal de continência, eu ri e dei um tapa em seu ombro. - Vamos.
Rolei para fora da cama e me coloquei de pé, Rob levantou logo atrás de mim e abraçou minha cintura, beijou meu ombro, sorri e acariciei seus cabelos. Andamos abraçados até o banheiro, tropeçando e cabeleando pela diferença de altura, abri o box e liguei o chuveiro com Rob ainda colado em mim.
Estiquei a mão sob a água e testei a temperatura, estava gelada, abri a boca para reclamar mas fui empurrada sob o chuveiro, gritei de supresa e raiva ao mesmo tempo, Rob ria, achando alguma coisa muito engraçada. Travei o maxilar e puxei o chuveirinho da parede e apontei em sua direção, ele arregalou os olhos e deu um passo atrás, mas bateu no box fechado, espirrei água gelada diretamente em seu rosto, ele pareceu chocado.
– Você não fez isso.
– Claro que eu fiz, olha a sua cara ... - ele tomou o chuveirinho da minha mão e apontou para meu rosto. - Não ... ROBERT. - ele apertou, mas por sorte a água saiu morna, respirei aliviada e ri. - Isso é pra curar sua bebedeira, só estou pensando no seu bem, Honey.
– Filha da puta.
– Olha, não xingue sua sogrinha querida. - apontei o dedo para ele e ri.
– Isso vai ter volta.
– Uh, que medo.
Peguei o sabonete do suporte preso a parede e espalhei na minhas mãos, Rob reclamou mais um pouco do jato d'água, mas logo esqueceu o assunto, passei o sabão em suas costas largas, fazendo uma massagem leve em seus ombros. Fiquei na ponta dos pés e beijei a pinta em seu pescoço, ele parou de manha e pegou o sabão das minhas mãos espalhou em suas grandes mãos e esfregou em meus braços, me virou de costas e ensaboou meus ombros, gemi baixo, relaxando meu corpo.
Terminamos nosso banho e nos enrolamos na toalhas brancas e macias, Rob a jogou sobre a cama e eu quase o metei de susto com o grito que dei, vestimos roupas confortáveis, moleton e camisetas, descemos para cozinha e Rob sentou com seu violão na mesa, enquanto eu fazia vários queijos quente para comermos, ele arranhava algumas notas suaves.
Observei de canto de olho Rob, levantar da mesa e sair da cozinha. Não me preocupei em perguntar onde ele iria, virei a atenção para frigideira a minha frente, um minuto depois Rob, sentou na mesa seu caderno ao lado.
– Vai compor?
– Me veio umas coisas na cabeça, acho que dá uma música sim.
– Vai me mostrar?
– Talvez.
Rob sorriu e voltou a arranhar as notas no violão, uma melodia suave e baixa escapando dos seus lábios, sorri tirando os lanches da frigideira, peguei dois pratos dentro do armário mais baixo e coloquei sobra a mesa, peguei um dos lanches com a escumadeira e coloquei em meu prato, fiz o mesmo com o outro e coloquei no prato de Rob, ele murmurou um obrigado, dei um beijei leve em seus lábios e sentei ao seu lado. Ele colocou o violão no chão e fechou o caderno antes de dar uma grande mordida no lanche.
– Hm, muito bom. - falou de boca cheia.
– Pega coca. - Rob levantou e pegou duas latas dentro da geladeira, sentou ao meu lado e puxou minhas pernas para seu colo. - Obrigada.
– Baby, acho que vou ter que viajar na 4º feira.
– Mas já?
– Não, não é pra Londres, vou ter que ir até New York, assinar um contrato, preciso ir pessoalmente, acertar algumas coisas de um próximo filme.
– Hm, pensei que ficaria comigo a semana toda. - morisquei o pão, chateada com a noticia.
– Eu não quero ir, mas preciso, acredite eu gritei muito com o Nick hoje, ele é um filho da puta, podia ter resolvido isso a semanas, mas ele deixou para agora.
– Parece de propósito. - respirei fundo, é o nosso trabalho, é o seu trabalho, ele precisa ir. - Volta quando?
– Sábado, não sei a hora ainda, mas logo que chegar lá te aviso.
– Que merda, Rob.
– Eu sei. - dei um gole em minha coca e a coloquei sobre a mesa, circulei a abertura com o dedo e me corte. - Merda.
– Baby, toma cuidado. Vem cá, deixa eu ver. - Rob segurou minha mão e me puxou para seu colo. - Tá doendo?
– Um pouco. - dei de ombros e o abracei, beijei seu pescoço. - Tenta voltar antes.
– Claro, vou fazer de tudo pra voltar logo. Mas pensando pelo lado bom, suas amigas chegam logo e não vai ficar sozinha. Hum.
– Elas não são você.
– Não faz esse bico, logo eu volto.
– Fazer o que. - Rob riu e me beijou, puxou meu prato para junto do seu.
Comemos e subimos para nosso quarto, eu já não estava assim tão animada com nada.
Tirei a calça e subi na cama, esperando por Rob que apagava as luzes do quarto, arrumei os travesseiros e puxei o edredon pesado sobre meu corpo, deitei de lado, Rob fechou a última janela e caminhou ao lado da cama, o quarto já completamente escuro, sentou escutei ele jogar a calça sobre algum móvel e em seguida a camiseta, puxou o cobertor grosso e deitou a meu lado.
– Quer que acenda a luz do banheiro? - rolei até estar deitada em seu peito, bati com o braço em seu rosto. - Ai. - dei um beijinho em seu rosto e me deitei em seu peito.
– Não precisa, você está aqui.
– Então, boa noite, Love.
– Boa noite, Sweetie.
Rob beijou minha testa, fechei os olhos sem me importar com a escuridão total do quarto, não sou lá grande fã de escuridão, tenho sempre a impressão de alguma coisa está em um canto, mas Rob, gosta de dormir no escuro total, sem nenhuma luz, isso nunca foi motivo para brigas, no começo eu dormia com uma luz acesa, geralmente a do banheiro, Rob sempre acendi e deixa a porta entreaberta, apenas um filete de luz dentro do quarto, fatalmente se deita de costas para a porta e dormi com o rosto enterrado em meus cabelos, mas com o tempo eu passei a não me importar em dormir no escuro, contanto que ele esteja junto, já é quase uma regra, Rob junto, durmo no escuro, sem Rob, um pouco de luz.
Os dias passaram rápido, faz um dia todo que Rob, foi pra New York e eu me sinto estranhamente sozinha. Ele foi e me deixou completamente chorosa, não me lembro de ter sentido tanto com uma separação tão pequena, eu não o queria largar ao mesmo tempo em que sábia que ele precisava ir. Logo que chegou me ligou avisando que havia chegado bem, que pretendia voltar antes do previsto e eu agradeci, pelas contas da Summit ele só voltaria sábado de noite ou domingo de manhã, eu não poderia ficar tanto sem ele.
Acariciei a cabeça do gato sentado ao meu lado nos degraus do quintal, até Jella, parece um pouco saudoso, deitou de barriga para cima e ronronou.
– Ei bebê.
O gato se enrolou em meus pés pedindo por mais, cocei a cabeça peluda e desci por seu corpo cheio, arranhei a barriga gorda e ele rolou para o lado.
– Tá com saudade do papai? - Jella miou, um miado longo e se afastou deitando em sua caminha.
Apoiei a bochecha em meu joelho dobrado, peguei um cigarro novo do maço e o coloquei nos lábios, indecisa entre acender outro ou não. Dei de ombros, tanto faz, uma a mais ou um a menos, pequei o isqueiro de metal ao meu lado e o abri, mas antes de acender meu celular tocou, Jella pulou da caminha e se espreguiçou, levantei em um salto e corri para dentro.
– Maldito, seja, onde está essa merda. - praguejei, jogando todas almofadas do sofá no chão da sala. - Alô.
– Hey, correndo a maratona, Baby? - sorri ao escutar sua voz.
– Quase isso. Tudo bem?
– Tudo. Já escondeu a bagunça, suas amigas chegam amanhã.
– Não escondi nada, só recolhi suas cuecas espalhadas pela casa o de sempre.
– Que namorado terrível e bagunceiro.
– Talvez eu deva colocar regras nesta casa.
– Você quem manda, princesa. - ele riu do outro lado, sorri em resposta, mordi o dedão, Jella sentou a minha frente e bateu o ar com a pata.
– Jella, está com saudade.
– Só o Jella, bom que assim não preciso me apressar, ele aguenta bem.
– Idiota. - Rob gargalhou.
– Também sinto sua falta, Love. Estou fazendo o possível pra voltar logo.
– Eu sei, não precisa correr com suas coisas, faça tudo certo sem correria, eu espero, não quero que tenha que interromper suas férias por qualquer coisa.
– Nossas férias.
– Claro, nossas. - como eu diria pra ele que ... merda.
– O que foi?
– Nada, nada, só ... estou com saudade, a casa é grande demais sem você.
Ouvi seu suspiro do outro lado, isso não é difícil só para mim, Rob também gostaria de estar aqui comigo, antes de ter que viajar para Londres. Escutei chamarem seu nome ao longe, mordi o lábio para conter o impulso de mandá-lo ficar ao telefone comigo.
– Baby, estão me chamando, acabou meu intervalo.
– Reunião?
– Aham, só me deram 5 minutos. Amo você.
– Também amo você, Rob.
– Tchau Kris. Quando menos esperar estarei de volta, hm. Beijos nessa boca gostosa.
– Beijos, muitos. Tchau.
– Me liga mais tarde?
– Claro. - revirei os olhos e ele riu, ele sussurrou mais um "tchau" e desligou.
Coloquei o celular sobre a mesa de centro e fui para a cozinha, abri os armários, peguei os ingredientes para fazer um frango rápido, um arroz com cenoura e nada mais. Tirei a cenoura da geladeira e descasquei, lavei o arroz e deixei escorrer enquanto cortava os outros ingredientes.
Coloquei tudo no fogo, Jella miou olhei no relógio evi que já era hora da sua comida.
– Mas que reloginho você é. Vem cá. - coloquei ração no pote e o levei até os fundos, Jella gosta de comer ao ar livre, vai entender.
Aproveitei o tempo para ligar para Brandi e confirmar que todas viriam, aparentemente estava tudo pronto, combinei de ir buscá-las na manhã seguinte, não muito cedo, já que eu não tenho os mesmos hábitos e horários regrados que elas.
– Não Brandi, nada de passar aí às 8 da madrugada, essa hora ainda estou no meu sono da beleza.
– Mas Kristen, 8 horas já estaremos todas aqui, venha tomar café com agente.
– Sem chance, não dá. Vou ter que levantar que horas, 7 ... nem a pau. - a ouvir bufar, revirei os olhos. - Chego às 11.
– Preguiçosa.
– Brandi, precisa arrumar um namorado, está muito mal humorada desde que terminou com o Brian.
– Eu não terminei.
– Não ... você levou uma bota. - ela riu.
– Isso foi cruel.
– Eu sei. Então às 11. Beijos.
– Beijos.
Desliguei e fui desligar minhas panelas. Liguei meu I-pod e almocei, sem pressa. Recolhi algumas roupas sujas e joguei dentro da máquina, subi para o quarto de hóspedes e pensei em trocar a roupa de cama, eu e Rob tínhamos brincado por ali, mas ... pensando bem, deixa aquelas bitchs deitarem primeiro.
Fui para nosso quarto e troquei os lençóis. Liguei a TV e coloquei em um filme qualquer, não demorou muito e adormeci.
Acordei assustada, sentei na cama e passei a mão na testa,secando o suor, olhei em volta e estava sozinha, me joguei de volta nos travesseiros e fechei os olhos. As cenas do meu sonho tomou minha mente, eu chorava desesperada enquanto Rob ia embora, sem nem olhar para trás, eu pedia desculpas mas ele não queria sequer me ouvir, lembro que acordei com ele batendo a porta, foi tão real. Credo.
Passei a mão ao meu lado em busca do celular,mas o que achei foi uma bola de pêlos, Jella estava se aproveitando da situação para dormir ao meu lado, o quarto completamente escuro me deu um calafrio, não consegui achar o celular.
Levantei e tropecei em alguma coisa, me abaixeie recolhi o que quer que seja do chão, meu celular apitou sobre o criado mudo e eu agradeci mentalmente, eu nunca o acharia naquele escuro. Acendi o abajur ao mesmo tempo que mexia no celular procurando por quem havia me ligado, Rob, claro e minha mãe.
Conversei com minha mão por alguns minutos e fiquei com vontade de vê-la, a casa está grande demais, silenciosa demais.
– Mama, vou dormir aí.
– Vem. Vou pedir pizza, seu pai vai enfartar quando te ver.
– Parece até que abandonei vocês, almoçamos aí no domingo.
– Mas você é nossa menina, ainda é estranho não te ter em casa.
– Oh drama Dona Jules.
– Tá, tá, venha logo que já está tarde.
– São que horas? - perguntei de repente espantada, eu não tinha dormido tanto assim, tinha?
– Quase 9, venha logo.
– Então vou desligar, já já chego. Beijos Mama.
– Beijos.
Desliguei e saí pulando pelo quarto, vesti uma roupa decente e peguei minha mochila, recolhi minha escova de dentes, desodorante e algumas peças de roupa e soquei na mochila, calcei meus chinelos e peguei Jella, de sobre a cama. Recolhi as coisas do gato e joguei dentro de uma sacola qualquer já correndo em direção ao carro,coloquei Jella no banco traseiro e disquei o número já conhecido.
– Sweetie?
– Ei Baby. Como está?
– Bem, vou dormir nos meus pais.
– Ótimo, não gosto que fiquei sozinha.
Rob, estava sério e isso me lembrou do meu sonho ou melhor pesadelo.
– Rob.
– Oi, amor.
– Você está bem, parece ... chateado.
– Nada demais, só cansado.
– Hm.
– O que foi?
– Sonhei com você ... que ia embora.
– Eu não vou embora.
– Eu sei. - mordi o lábio, me sentindo boba. - Amo você. - encostei na porta fechada do carro e fechei os olhos.
– E eu amo você.
Conversamos por mais alguns minutos, conversas de namorados, coisas melosas e sacanagens, algumas bobeiras que sempre me fazem rir e ouvir sua risada gostosa é uma das melhores coisas da minha vida. Rob desligou prometendo que me ligaria antes de dormir, nenhum de nós dois queria realmente desligar, mas eu precisava dirigir até a cada dos meus pais, sim a casa deles,por que já não é mais a minha.
Peguei a estrada com Jella, reclamando atrás de mim, liguei o som e o ignorei, eita bicho reclamão.
– Mama ... Papa. - gritei ao girar a maçaneta.
– Kristen? - ouvi a voz do meu pai se aproximar e ele aparecer logo depois. - Menina. - o abracei forte, ele imediatamente tirou a bolsa dos meus ombros e a sacolas das minas mãos, soltei Jella, no chão e ele saiu correndo pela casa. - Por que não disse que vinha, está tudo bem.
– Está sim, tudo ótimo.
– E cadê meu genro?
– Viajando, foi resolver uns problemas em New York, a casa ficou muito grande só pra mim.
– Vamos jantar, sua mãe pediu 6 pizzas, está querendo nos engordar. - eu ri, minha mãe não muda. - Os meninos vão gostar de e ver.
– Cadê todos? - olhei em volta na sala e não havia ninguém apenas a TV ligada sozinha, sentei no sofá macio enquanto meu pai largava minhas bagunças no canto.
– Lá em cima, eles quebraram a janela dos fundos, sua mãe está os esfolando um pouco.
– Só eu cresci?
– Infelizmente sim, a unica que não podia crescer, foi a primeira que criou asas. - sentou ao meu lado e bagunçou meus cabelos.
Deitei a cabeça no colo do meu pai, enquanto ele mexia nas mexas curtas, tomei o controle de sua mão e troquei de canal.
Passeei pelos canais enquanto meu pai reclamava que não conseguia identificar nenhum programa, eu ri e passei mais devagar, parando em um canal de filmes, tudo explodia e eu não achei nada interessante, peguei novamente o controle remoto para mudar de canal, mas meu pai o tomou da minha mão.
– Não, pode deixar neste canal.
– Mas é chato. - fiz manha e ele riu.
– Nem adianta, agora quem cedi as suas manhas é seu namorado.
– Papa.
– Nem vem, existe uma coisa boa em você ter ido embora, agora posso assistir tudo na sala, até comprei uma televisão maior, chega amanhã.
– Coisa feia, John Stewart, trocando sua filhinha por uma televisão.
– Não é só uma televisão, tem 52 polegadas. - ri alto,o velho pareceu mesmo empolgado com a TV, e não vou negar, não o deixava assistir quase nada na sala. - Ainda me pergunto por que você fazia questão de assistir aqui de eu te dei uma TV igual e coloquei no seu quarto.
– De quem eu iria encher o saco no meu quarto?
– Pois é, coitado do Robert.
Nós brincamos e conversamos mais um pouco até que a campainha tocou, meu pai levantou dizendo que provavelmente era as pizzas, claro que ele estava certo, assim que abriu a porta o cheiro delicioso invadiu a casa e meu estômago roncou.
Minha mãe ainda não havia descido com os meninos e eu já estava com medo dela ter cometido uma loucura, mais de 30 minutos em uma bronca, essa foi feia. É sempre assim quando todos se juntam sai merda, eu aprontava junto, muitas vezes dava as idéias e dava as coordenadas, mas claro que no fim era a unica que escapava dos longos castigos, não por Jules, mas por John, sim eu sempre fui a garotinha do papai.
– Sobe lá e chama sua mãe, vou pegar os copos.
– Porque você não foi dar bronca neles, seria mais rápido.
– Deixa de ser preguiçosa e suba logo.
Fazer o que, subi, o corredor estava em silêncio e Marley meu pinscher deitado em frente a porta do quarto dos meus pais, logo ouvi o grito de Jules, o bicho tá pegando lá dentro.
– Mama? - bati de leve na porta
– O que é? - respondeu irritada, segurei o riso e abri um pouco a porta. - A pizza chegou, Papa, quer que dessa pra comer.
– Já estamos indo. - acenti e olhei em direção aos garotos, os 3marmanjos sentados na cama de cabeça baixa, tive que rir, parecem crianças. - Podem ir, vão pagar minha janela.
– Mas eu não fiz nada. - Dana reclamou.
– Isso não me interessa, vocês 3 estavam com os tacos lá fora, os 3 vão pagar. - deixei um riso baixo escapar e os 3 me fuzilaram. - Andem, mexam as bundas lá para baixo, hora de comer.
– Vocês não crescem. -eles passaram por mim e Cam, esbarrou em mim com o ombro, dei um soco em suas costas, minha mãe saiu em seguida e ele não teve escolha a não ser seguir em frente. - Estavam rebatendo pedra de novo?
– Aham ... é a minha 5º janela do ano, assim não é possível. - a abracei e beijei seu rosto. - Chegou faz tempo?
– Um pouco. - dei de ombros.
Nos sentamos na sala, todos em frente a TV, assistindo o filme escolhido por John, ao mesmo tempo que espantávamos os cachorros, meus irmãos como sempre fizeram questão de me provocar, só que agora as provocações são diferentes, todas elas envolvem Rob, e nossa vida sexual.
Na maioria das vezes meu pai não estava prestando atenção o que eu agradecia, mas minha mãe tentava conter os garotos antes que meu rosto explodisse, claro que isso também foi motivo de provocação até eu soltar os podres deles. Entregue os dotes sexuais de um homem e ele faz o que você quiser.
– Rob, vai viajar na segunda-feira. - falei desviando minha atenção da tela.
– Já?
– É, mama. Pensei ... vocês poderiam ir lá em casa no domingo.
– Um churrasco. - Taylor opinou e eu gostei, menos trabalho para mim.
– Isso, pelo menos minha casa sobrevive.
– Forre os móveis. - Não entendi o raciocínio de Cameron e o olhei confusa. - Não vou sentar onde vocês copularam. - fiquei vermelha e meu pai se engasgou com a cerveja.
– Cameron. - meu pai bateu em sua cabeça de leve.
– Ai. Isso dói, velho.
– Cala a boca.
Terminamos de combinar tudo, Cameron, Dana e Taylor ficaram responsáveis pelas carnes, meu pai e Rob pelas bebidas, eu e minha mãe pelo restante da comida, mas o que eles não sabem é que todos os homens ficaram com a limpeza, isso eu conto depois.
– Vou deitar. - levantei e me espreguicei esticando o corpo,minhas costas estralaram e eu gemi. - Nossa.
– Tem que parar de treinar o Kama Sutra. - Dana fez graça, mostrei o dedo do meio, cansada de piadinhas.
– Só se for com o Jella, por que Rob, está viajando.
– Quer dizer que quando o Rob, está vocês treinam o Kama Sutra? - rolei os olhos, o garoto idiota.
–Não, nós jogamos xadrez. Dana. você está precisando de uma mulher, vai transar um pouco, conhecer outros botões que não seja do seu video game. - pisquei para eleque ficou vermelho.
– Kristen. - meu pai chamou atenção, mas todos riam.
– Boa noite, people.
Abracei e beijei todos, recolhi minhas bagunças e deixei na pia da cozinha. Peguei minha mochila esquecida ao lado do sofá e subi as escadas já mexendo no celular. Chamei por Jella,mas ele não deu sinal de vida, dei de ombros e segui até meu quarto.
O celular de Rob, só chamou, deve estar dormindo. Desliguei e joguei a mochila no chão, Jella miou de cima da minha cama.
– Ei, como você entrou aqui, han? Já está dormindo preguiçoso, aproveita mesmo, quando o papai voltar você perde a cama. - acariciei a barriga do bichano, escutando ele ronronar preguiçoso.
Levantei e tirei a roupa, pequei novamente o celular e disquei, Rob, vai me matar se eu não ligar e não vou conseguir dormir sem falar com ele de qualquer forma.
Depois do que pareceu ser um século ele atendeu.
– Ei ... Sweetie.
– Kris. - a fala mole me fez rir.
– Oun bebê, já está dormindo?
– Cochilei.
– Vai descansar, só liguei para dar boa noite e dizer que te amo.
– Também te amo, Love.
– Então um beijo, amanhã agente se fala. Ok? Vai nanar. - fiz voz de criança e ele riu.
– Beijos, Baby. Boa noite, dorme bem.
– Bons sonhos, se cuida.
Desligamos logo, Rob, estava mais dormindo que acordado com certeza cansado de todos os compromissos. Também não enrolei, tomei um banho rápido e vesti uma calcinha short azul e uma camiseta preta, deitei em minha cama, Jella se enroscou em mim e logo dormi.
Continua...
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