POV ROB
Fiquei olhando ela andar pelo corredor até seu quarto, e
juro que quando ela deu aquela olhadinha para trás, tive que me controlar para
não arrastá-la de volta, até porque eu sábia que ela também estava ardendo de
tesão como eu. Mas ela vai pagar com juros quando eu a pegar de jeito.
Aquele beijo veio cheio de promessas que ela não precisou
falar, mas eu pude sentir pela forma como suas mãos tão pequenas tocavam meu
corpo, como seus lábios saboreavam o meu gosto assim como eu sentia o dela, um
gosto tão doce, perfeito.
Eu sou um cara paciente, ou pelo menos sou com ela, nunca
amei ninguém, quer dizer, amei, mas levei um pé na bunda. Enfim, isso não vem
ao caso. O que eu quero dizer é que nunca amei NINGUÉM como eu à amo, é simples
assim para mim.
Vamos passar 1 mês separados, 1 longo e maldito mês, que eu
espero que sirva para ela resolver o que nos impede de nos amarmos por
completo. Não sou capaz de fazer algo
que ela possa se arrepender depois, eu quero ELA por inteiro,
eu quero ELA sussurrando e gemendo meu nome quando fizermos amor . E acredite,
eu sonho todos os dias com isso, quero ELA dormindo e acordando todos os dias
nos MEUS braços.
Sou paciente mas acima de tudo, sou persistente. E sei que
nosso dia está perto. Tomei meu banho, gelado, porque PUTA QUE PARIU eu estava
duro feito uma pedra, como eu desejo essa mulher.
Arrumei minha mala,
ou melhor, taquei tudo dentro dela, algumas coisas joguei fora, mas deixa pra
lá. Quando desci estavam todos lá, ELA estava lá, linda com seus cabelos
molhados, quando me viu passou a mão por eles e deu aquela mordidinha no canto
do lábio inferior q me fazia pensar umas coisas bem pervertidas para eles. Me
aproximei e falei em seu ouvido:
– Banho frio, Kris?! - ela me olhou e sorriu
–Sim, e pelo visto o seu também, não é mesmo FLIPPY!!! -
não pude deixar de sorrir com um dar de ombros.
Nós dois estávamos loucos para nos amarmos, e não fazíamos
mais nenhuma questão de esconder de ninguém.
Me despedi de todos, com muitos FELIZ NATAL E BOM ANO NOVO,
MANDA UM BEIJO PARA
TODO MUNDO LÁ DA SUA CASA, essa chatice toda, e por fim
puxei ela para um abraço forte, porque o melhor fica para o final, certo?!
A abracei sentindo seu cheiro, e ela fez o mesmo, enterrou
seu rosto em meu pescoço, e pelo visto estávamos fazendo a mesma coisa,
memorizando o cheiro um do outro, para matar de alguma forma a saudade que já sentíamos.
Nos afastamos, mas ainda ficamos um tempo apenas nos olhado, nossa relação é
diferente, não precisamos de muitas palavras para saber o que o outro está
sentindo ou pensando. É aquele tipo de silêncio confortável.
– Um último cigarro Rob?
– Claro, nosso último cigarro do ano juntos.