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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

2009 - Retrospectiva Robsten: Capítulo 15

POV KRIS


Acordei em um momento sobressaltada e me lembrei do meu almoço com Nikki no dia seguinte, aquilo seria muito difícil, minha amizade com ela ia de mal a pior, ela era mandona, autoritária e controladora, no começo eu não vi problemas, mas com o tempo isso foi me atrapalhando e irritando, ela achava que sabia o que era melhor para mim. Queria que Rob pudesse ir comigo, mas eles brigaram, ainda não sei bem o motivo e também não acredito no que a Nikki me deu. Sabia que se pedisse ele iria comigo, mas não faria isso com ele, a Nikki é uma pessoa difícil e com certeza daria merda. Senti sua barba roçar minha nuca, me aconcheguei mais ao seu corpo, Rob beijou meus cabelos e me apertou.

– Eu te amo bebê.- disse.

– Também te amo, princesa.

Acordei umas horas depois e Rob ainda dormia calmamente ao meu lado, a história toda dele com a Nikki não me saia da cabeça, olhei o relógio 22:30, tínhamos dormido praticamente o dia todo e ele ainda dormia, se bem que se não fosse por minha mente que não parava de pensar no dia seguinte, provavelmente eu dormia a noite toda também.

Com cuidado me soltei dele que resmungou um pouco e se virou, levantei e fui até o banheiro, quando me olhei no espelho soltei um grito, filho da puta, meu pescoço estava todo marcado com chupões, perfeito, como eu não tinha percebido antes, afinal nós tomamos banho eu passei pelo espelho e Rob também não me disse nada.

– Foda-se. - dei de ombros.

Meu estômago reclamou a falta de comida, me lembrei que havíamos comido apenas besteiras durante toda a tarde. Fiz o que tinha que fazer por lá e voltei ao quarto Rob dormia agora abraçado ao travesseiro onde eu antes estava deitada. Podia alguém sentir ciúmes de um travesseiro, pois bem, eu estava, aquele lugar nos braços dele era só meu, qual é?

Fui até ele e depositei um beijo em seu rosto. Meu estômago roncou de novo, queria cozinhar algo pra gente, quem sabe assim minha mente parasse de pensar merda, o que estava me incomodando era não saber sobre a briga, eu não queria mais iria perguntar ao Rob quando ele acordasse ele não mentiria para mim.


Fui até a pequena sala e observei, como as coisas mudam, ano passado eles deram um quartinho simples para cada um, e esse ano temos um pequeno apartamento para cada, ainda dentro de um hotel mais muito mais confortável, fui para a cozinha, abri a geladeira ... nada, armários ... nada

Quando eu digo nada, quero dizer nada comestível, além de garrafas de cerveja e umas poucas frutas. Minha idéia de cozinhar foi por águas a baixo. Voltei para o quarto e subi na cama, só me restava acordar Rob, eu não conseguia dormir e precisava dele, isso me assustava, ser dependente de alguém como eu já sou dele não é saudável.



– Foda-se.- dei de ombros mais uma vez no dia.



Puxei delicadamente o travesseiro de seus braços, ele não soltou então eu puxei um pouquinho mais forte, Rob me olhou sonolento e abriu os braços soltando o travesseiro, me deitei de frente para ele e passei minha perna por seu quadril, beijei seu peito e Rob colocou suas mãos por baixo da minha camiseta, fazendo carinho em minhas costas.

– Amor - beijo - Eu tô com fome.- beijo. - Hm. - Rob. - beijei seu pescoço. - Acorda, você tá muito preguiçoso.

 - Me deixa dormir Kristen, mas que merda.

– Grosso, imbecil. - fiz um pouco de força para me soltar de seus braços mas ele me puxou de volta e beijou minha cabeça. – E eu queria cozinhar pra você, me solta idiota. - me puxou mais forte.

– Desculpa, amor. - beijou meu pescoço, tudo começou a ficar borrado.

– Você ia cozinha pra mim?- não respondi. – Me desculpa princesa.- disse e beijou todo meu rosto, eu sorri.

– Ia, mas não tem nada comestível nesse lugar.

– Então minha tarefa de amanhã será abastecer minha geladeira e dispensa com tudo o que a senhorita deseja. - apertou a ponta do meu nariz. – Depois faz uma lista e eu compro.

– Crianção. - rolei os olhos. – Não sabe nem fazer compras.

– Eu sou crianção?

– Yep. Rob começou a me fazer cócegas.

– Quem é criança agora?

– Para Robert, porra eu odeio isso. - consegui dizer entre risadas.

– Não me parece, você está rindo, a sua risada é tão gostosa, acho que não vou parar mais.

– Para porra. - consegui morder seu braço com um pouco de força e ele parou, olhou pra mim incrédulo.

– Não acredito que você me mordeu.- ele falava enquanto olhava do braço para mim.

– Foda-se.- mostrei o dedo do meio para ele.

– Você não devia ter feito isso. Vai ficar roxo.

– Sim eu devia, já que VOCÊ me deixou toda marcada.

– Onde?

– Aqui. - afastei meus cabelos do pescoço, Rob olhou e me pareceu surpreso por exatos dois segundos, em seguida gargalhou.

– Qual a graça?

– Nenhuma, é só que você é muito gostosa e eu te amo.- rolei os olhos enquanto Rob beijava meu pescoço onde tinha deixado as marcas. eu estômago roncou, quebrando todo o clima, Rob sorriu contra minha pele.

– Vou te alimentar.

- Eu disse que estava com fome quando eu acordei.

– O que vai querer comer?

– Não sei. O que você quer?

– Hum ... comida mexicana?

– Nhami. - lhe dei um selinho longo. Rob pediu a comida enquanto eu observava deitada na cama, assim que desligou se deitou ao meu lado, enrolei meus dedos em seus cabelos, ele me dava selinhos um atrás do outro me fazendo soltar pequenos risos. Minha cabeça girou quando olhei em seus olhos, eles eram tão sinceros, tenho certeza que se fizesse um esforço veria sua alma, ele era muito sincero e isso estava longe de ser um defeito, de novo pensei em Nikki, ou melhor na briga deles.

– Amor. - falei contra sua boca, durante mais um de seus ataques de beijos.

– Oi?

– Quero perguntar uma coisa pra você.

– Pergunta.

– Você promete que vai me contar a verdade?

– Eu não conto sempre? - ergueu a sobrancelha.

– Sim, mas é delicado, não sei se você vai querer falar.

- O que poderia ser tão delicado, para que eu não quisesse te contar?!

– Sua briga com a Nikki. Rob suspirou e deitou sua cabeça em meu pescoço. SILÊNCIO.

Aquele silêncio dele estava me incomodando, passaram-se minutos com ele deitado em meu colo apenas suspirando, eu queria ouvir seja lá qual merda fosse.

– Rob, você está me deixando nervosa.- me deu um beijo e se sentou na cama de costas para mim.

– Não é algo que eu queira falar.

– Mas que merda aconteceu entre vocês? - me sentei na cama ao seu lado e virei seu rosto para mim.

– Rob, você tá me fazendo pensar que o que ela me contou é verdade.

– E o que ela te contou? Porque eu tenho certeza que não foi a verdade. – ele sorriu de forma irônica. – Pode me contar Kristen. - respirei fundo, se eu quero que ele me conte a verdade tenho que contar a verdade a ele também.

– Ela ... bem ... ela falou que ... é ... você sabe.

– Não eu não sei.

- Bom ... ela falou ... bem, lembra quando nos beijamos pela 1º vez, e de toda nossa conversa? - ele sorriu para mim e acenou, passei meu dedo por seu rosto. - Bem na manhã seguinte eu contei para ela e ... ela riu e disse que era estranho você dizer que gostava de mim, porque você tinha acabado de chamar ela para subir para seu quarto e ... Não terminei a frase já que Rob pulou da cama e passou as mãos nervosamente pelos cabelos.

– Ela é uma vagabunda. - disse apontando pra mim. - É exatamente por isso que briguei com ela, ela é uma vadia mentirosa e manipuladora.- Rob coçou as sobrancelhas, ele estava vermelho realmente irritado.

- Hey não precisa falar assim, ela é minha amiga ...

– Amiga um caralho.

– Robert!- o repreendi. Ele vestiu sua boxer que estava jogada em algum canto e se sentou na ponta da cama sem me olhar, passei minha mão por seu ombro e me aproximei sentando ao seu lado.

- Não acredito que estamos brigando por causa daquela ... - apertou as coxas se controlando.

- Nós não estamos brigando. - beijei seu ombro para que ele tivesse certeza que estava tudo bem.

- Você acreditou?

- Não, eu não acreditei, por isso estou te perguntando o que aconteceu.

– O que mais ela te disse?

– Que você brigou com ela porque ela não aceitou participar do seu joguinho de canalha pra cima de mim. - Rob apertou suas coxas e riu sem nenhum humor.

– Te garanto que não foi nada disso. Você sabe disso, certo?

– Sim eu sei. Mas porque você não me diz o que aconteceu?

– Porque vai parecer fofoca Kristen.

Me levantei e vesti sua camiseta que estava jogada sobre a cadeira, fui até sua mala, peguei uma calcinha e vesti. Rob ainda olhava para as mãos em sua coxas, me aproximei e puxei seu rosto para o meu, encostei nossos lábios, ele me puxou para seu colo, me aconcheguei a ele, minha cabeça deitada em seu ombro enquanto Rob alisava minhas coxas expostas.

– Amor, me diz alguma coisa. - Rob beijou minha testa e deixou seus lábios descançando por ali, sua respiração contra meus cabelos. Levantei meu rosto para poder olhá-lo.

– Kris tenta me entender tá? - eu acenei com a cabeça. - Eu não briguei com ela por mim ... foi por você.

– Como?

– Ela me disse coisas de você, sobre você, e bem, se eu não te conhecesse bem te acharia uma vadia. - meu queixo caiu e meus olhos arderam, eu não vou chorar.

– Rob!!! - minha voz saiu mais tremida do que eu gostaria.

 - Eu não vou te dizer o que, pois não vale a pena. - Rob puxou meu rosto e me beijou, sua mão massageando minha nuca enroscada em meus cabelos a outra alisando minhas costas sob a camiseta, sua língua lambeu meu lábio inferior para em seguida invadir minha boca em um beijo doce, que me acalmou.

– Só toma cuidado com ela, ok?

Esse é o momento onde eu deveria de mandar se afastar dela, e gritar a plenos pulmões tudo o que ouvi, mais eu sei que você é esperta e inteligente o bastante para descobrir tudo sozinha, e que sabe o que é melhor pra você. - eu assenti e deitei novamente em seu ombro.- Você me entende amor?

– Eu te entendo. Está tudo bem. - beijei seu pescoço.

– Não sei como vou olhar na cara dela amanhã, acho melhor não ir nesse almoço.

– Você deve ir Kris, conversar com ela, afinal ela ainda é sua amiga, você tem que saber por si do que ela é capaz, depois decidi se quer continuar amiga dela ou não. - Rob levantou minha cabeça e fitou meus olhos. – Minha briga com ela não tem nada a ver com você, não vou ficar com raiva ou magoado com você, acaso perdoe ela e continue nessa amizade a decisão é sua.

– Ok. Queria que você fosse comigo.

- Acredite eu também, mas se ela fizesse qualquer piadinha eu poderia facilmente partir a cara dela, e olha que sou contra bater em mulheres.

– Tudo bem. - suspirei.

Continua...


Capítulo 14                                                                                           Capítulo 16

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